Panorama internacional

Preços do gás na Europa têm batido recordes em meio a oferta limitada da Rússia

Os preços do gás natural na Europa se aproximaram de valores recordes no contexto de suprimentos limitados da Rússia, revelaram no domingo dados da bolsa ICE de Londres e operadores de transmissão de gás.
Sputnik
O preço estimado dos futuros de gás para entrega em setembro (hub TTF) totalizou US$ 3.507 (cerca de R$ 17.756) em 26 de agosto, marcando um valor recorde para toda a operação de hubs de gás na Europa desde 1996. O valor semanal aumentou quase US$ 1.000 (aproximadamente R$ 5.063), ou 40%. Ao mesmo tempo, as cotações do gás na sexta-feira (26) chegaram a US$ 3.525 (cerca de R$ 17.847), dando mais um passo para atualizar a alta histórica de US$ 3.892 (aproximadamente R$ 19.705).
O aumento dos preços do gás nos mercados europeus está relacionado à incerteza no fornecimento de gás. A gigante de energia russa Gazprom disse em meados de agosto que o gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) suspenderia o fornecimento por três dias devido à manutenção programada da única unidade de bombeamento de gás em funcionamento na estação de compressão de Portovaya de 31 de agosto a 2 de setembro.
De acordo com o operador Nord Stream AG, as entregas de gás do gasoduto são novamente esperadas no nível de cerca de 31 milhões de metros cúbicos. A Nord Stream opera com 40% de sua capacidade desde meados de junho, e a Gazprom atribuiu volumes menores aos atrasos na devolução da turbina Siemens do Canadá, para onde foi enviada para reparos. Em 25 de julho, devido à falha de outra turbina, a Gazprom reduziu ainda mais o fornecimento, com o gasoduto operando atualmente a 20% de sua capacidade, que é de aproximadamente 170 milhões de metros cúbicos por dia.
O pedido de bombeamento através da estação de medição de gás de Sudzha, de acordo com o operador do Sistema de Transmissão de Gás (GTS, na sigla em inglês) da Ucrânia, é de 42,2 milhões de metros cúbicos neste domingo (28). O indicador foi mantido no nível de 40-42 milhões desde o final de maio, enquanto as entregas através da estação de medição de gás Sokhranovka não são mantidas, pois a Ucrânia rejeitou o pedido da Gazprom.
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