A reunião das delegações da Turquia, Suécia e Finlândia sobre a adesão à OTAN se deu em 26 de agosto no subúrbio da capital finlandesa Vantaa. De acordo com o governo finlandês, as discussões a nível de peritos vão continuar nos próximos meses. No memorando trilateral, assinado em Madri em junho de 2022, a Turquia, a Finlândia e a Suécia concordaram em criar um mecanismo conjunto permanente para o controle do cumprimento do memorando e a ampliação da parceria na área da segurança geral.
"As negociações com a OTAN e Turquia se tornaram ainda mais difíceis depois que os deputados do Partido da Esquerda hastearam a bandeira do PKK [na sigla em curdo]. A mídia turca cobre de forma permanente tais acontecimentos. De acordo com as leis suecas, dizemos que se trata da liberdade de expressão. Mas pensamos que não é uma situação muito confortável para o governo", disse Linde em uma entrevista ao jornal Aftonbladet, enquanto as suas palavras são citadas pelo jornal turco Sabah.
Ao falar sobre a reunião entre as delegações que se realizou em 26 de agosto, a ministra das Relações Exteriores sueca disse que "a reunião devia ter ocorrido na Suécia, mas depois o local foi mudado para a Finlândia devido a certas razões práticas".
"Foi analisado o trabalho já feito sobre a realização deste acordo, que está ligado à cooperação mais próxima no combate ao terrorismo", salientou.
A Finlândia e a Suécia, em meio à operação militar especial russa na Ucrânia, apresentaram em 18 de maio ao secretário-geral da OTAN as suas candidaturas para aderir à aliança. No início, a Turquia bloqueou o processo de adesão. Contudo, em 29 de junho, a Turquia, a Suécia e a Finlândia firmaram um memorando no campo de segurança, que toma em conta todas as preocupações de Ancara. Depois disso, a Turquia levantou todas as suas objeções quanto à adesão dos dois países à aliança.
As candidaturas da Finlândia e da Suécia à OTAN estão sendo ratificadas pelos países-membros. À data de 25 de agosto, 23 países dos 30 já aprovaram o seu ingresso na aliança. A Espanha, Grécia, Portugal, Eslováquia, Turquia, República Tcheca e Hungria ainda têm que ratificar as candidaturas finlandesa e sueca.