Ciência e sociedade

Autoridades dos EUA ordenam que empresa suspenda venda de chips de IA para China

Em mais um episódio de escalada na guerra tecnológica entre EUA e China, o governo de Joe Biden, presidente norte-americano, determinou que a venda de chips com Inteligência Artificial (IA) para a China seja suspenso.
Sputnik
A medida, garante o South China Morning Post, pode prejudicar a capacidade das empresas chinesas de realizar trabalhos como reconhecimento de imagem.
Os chips avançados têm uso comercial, mas também têm aplicações de computação militar, como vasculhar imagens de satélite em busca de armas ou bases.
As informações foram confirmadas pela designer de chips Nvidia Corp. A empresa notificou que autoridades dos EUA disseram para parar de exportar dois principais chips de computação com IA para a China.
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A interrupção promove uma perda de US$ 400 milhões (R$ 2,07 bilhões) em vendas neste trimestre negócio para a Nvidia, cujas ações caíram 4% nesta quarta-feira (31).
A empresa disse que a proibição, que afeta seus chips A100 e H100, projetados para acelerar tarefas de aprendizado de máquina, pode interferir na conclusão do desenvolvimento do H100, o chip principal anunciado pela Nvidia este ano.
A Nvidia ainda informou que as autoridades dos EUA disseram que a nova regra "vai abordar o risco de que os produtos cobertos possam ser usados ​​ou desviados para um 'uso final militar' ou 'usuário final militar' na China".
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O anúncio sinaliza uma grande escalada da repressão dos EUA às capacidades tecnológicas da China, à medida que as tensões borbulham sobre o destino de Taiwan, onde são fabricados chips para a Nvidia e quase todas as outras grandes empresas de chips.
Sem chips americanos de empresas como a Nvidia e sua rival Advanced Micro Devices, as organizações chinesas não conseguirão realizar de forma econômica o tipo de computação avançada usada para reconhecimento de imagem e fala, entre muitas outras tarefas.
O reconhecimento de imagem e o processamento de linguagem natural são comuns em aplicativos de consumo, como smartphones, que podem responder a consultas e marcar fotos. Eles também têm usos militares, como vasculhar imagens de satélite em busca de armas ou bases e filtrar comunicações digitais para fins de coleta de inteligência.
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