Atualmente, o governo elevou o valor do auxílio para R$ 600 até dezembro – ou seja, justamente no período eleitoral – e enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2023 que prevê o valor a ser pago em R$ 400.
Para promover um valor de R$ 200 a mais neste ano, o ministério alegou calamidade pública por conta do conflito, e se o mesmo continuar, pode contar com o mesmo argumento para o ano que vem, segundo o o jornal O Globo.
"É possível pagar R$ 600? A resposta vocês já têm. [...] O que nós fizemos, dentro da responsabilidade fiscal, ou seja, gerando superávit esse ano, foi pagar R$ 600. […] Tem uma solução temporária. Se a guerra da Ucrânia continua, prorroga o estado de calamidade e aí você continua com R$ 600", afirmou o chefe da Economia durante a 10ª edição da Feira do Empreendedor organizada pelo Sebrae.
Quando o governo alegou calamidade pública para justificar o aumento, foi muito criticado por especialistas e foi apontado que a decisão funcionava como uma medida eleitoreira visando a melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entretanto, Guedes também defendeu medidas a longo prazo para manter o auxílio.
"Mas acabou a guerra [operação] e nós precisamos de uma solução estrutural e permanente: a Câmara já aprovou o imposto sobre lucros e dividendos. Isso daria R$ 69 bilhões. Dá perfeitamente para fazer um reajuste da tabela de Imposto de Renda de R$ 17 bilhões e mais os R$ 52 bilhões do auxílio. Se fizer isso, está tudo certo", complementou.