Segundo Rogov, as tropas ucranianas intensificaram os ataques à usina nuclear antes dos resultados da inspeção da AIEA. Autoridades russas também denunciaram uma tentativa de tomada da usina por forças de Kiev.
"No caso de uma captura bem-sucedida da usina nuclear, o objetivo dos sabotadores ucranianos era tomar como reféns a delegação da AIEA e os funcionários da usina nuclear, a fim de usá-los como um escudo humano para estabelecer o controle sobre a usina nuclear, o que permitiria chantagear a Rússia e o mundo inteiro com uma ameaça nuclear", disse Rogov à Sputnik no sábado (3), comentando as duas tentativas de sabotagem.
Сarros com a inscrição "ONU" com delegados da AIEA no posto de Vasilievka, a caminho da usina nuclear de Zaporozhie
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Na sexta-feira (2), Rogov disse que pelo menos duas dúzias de barcos de alta velocidade com um grande número de pessoas armadas desceram o rio Dniepre da área do reservatório de Kakhovka, não muito longe da usina.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, na quinta-feira (1º), 60 paraquedistas ucranianos tentaram tomar a usina, pouco antes da chegada da delegação da AIEA, chefiada pelo diretor-geral Rafael Grossi. A maioria dos soldados ucranianos, que chegaram em sete barcos e desembarcaram na costa do reservatório de Kakhovka, a três quilômetros da usina, foram neutralizados.
Conforme declaração de Rogov, a missão da AIEA permanecerá na usina nuclear até pelo meno a próxima segunda-feira (5). A delegação chegou ao local na quinta-feira (1º), percorreu a instalação e inspecionou as seções da usina danificadas por um recente bombardeio ucraniano. Grossi deve apresentar um relatório sobre a central nuclear de Zaporozhie ao conselho da agência no início da semana.