Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), afirmou que a batida realizada pelo Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) na sua residência em Flórida é algo típico de um país do terceiro mundo.
"O mundo inteiro está assistindo, e eles estão chocados. Países sul-americanos, muitos deles, seus líderes disseram, você poderia imaginar se isso fosse feito em nosso país, o que os Estados Unidos estariam dizendo sobre nós", disse Trump no sábado (3) durante um comício em Wilkes-Barre, Pensilvânia, o primeiro desde que sua mansão em Mar-a-Lago foi investigada em 8 de agosto.
"Sob um falso pretexto [...] eles reviraram o armário, gavetas e tudo o mais da primeira-dama e até fizeram uma busca profunda e feia no quarto do meu filho de 16 anos, deixando tudo em que tocaram em condições bem diferentes das de quando começaram", continuou.
Trump chamou o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA de "monstros viciosos", controlados pela esquerda radical.
"Somos como uma nação do terceiro mundo", declarou Trump.
O FBI publicou em agosto um inventário de sua incursão na residência de Trump, registrando 11 conjuntos de documentos classificados. Na sexta-feira (2), o Departamento de Justiça revelou um inventário detalhado, que descreve os tipos gerais de itens em 33 caixas de documentos retirados de um escritório e de um depósito na residência de Trump visada. Ele menciona 48 "pastas vazias com faixas 'classificado'" em quatro caixas.
O próprio Trump negou ter documentos classificados e criticou a ação como sendo feita por um FBI e um Departamento de Justiça politizados para impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais de 2024. É esperado que o ex-presidente americano anuncie sua candidatura após as eleições de meio termo nos EUA em novembro de 2022.