Segundo a publicação, caso alguma coisa "dê errado", o Ocidente sempre pode colocar toda a culpa em Zelensky e abdicar imediatamente de seus serviços. O Ocidente descartou da mesma forma, sem o menor arrependimento, o líder ucraniano Pyotr Poroshenko, não obstante ele "ter servido fielmente e cumprido todas as suas indicações", comunica a edição.
"É que para o Ocidente ele [Pyotr Poroschenko] provou ser mais útil como bode expiatório do que líder ucraniano. Zelensky também não conseguirá evitar tal destino e, para ele, tal variante seria a melhor", opina o autor da publicação.
A edição sérvia cita as palavras do deputado da Duma Estatal russa Dmitry Belik, que afirmou que Zelensky não passa de um "fantoche nas mãos do Ocidente" e que "perdeu há muito a capacidade de tomar quaisquer decisões autônomas".
Conforme o artigo, agora Zelensky se encontra entre a espada e a parede. Por um lado, Washington exige que seja determinado e combativo, mas, por outro, os europeus apelam cada vez mais para a paz, entendendo que o prolongamento do conflito e do regime de sanções está destruindo a economia europeia, antes relativamente estável, que provou ser extremamente dependente da energia russa e de outras matérias-primas.
Cedo ou tarde, Zelensky terá de dar respostas concretas, diz a mídia. Caso contrário, "alguém o fará por ele", enquanto toda a raiva recairá sobre os líderes ocidentais que ao longo dos anos o têm empurrado para ações hostis contra a Rússia e fornecido ao país armas e dinheiro para "aventuras" militares, conclui a edição.
Anteriormente, o ex-deputado ucraniano Ilia Kiva disse que o destino de Zelensky já foi determinado. Segundo ele, os líderes ocidentais já teriam resolvido que seu sucessor será o comandante-chefe do Exército ucraniano, Valery Zaluzhny.