Os EUA vinham hesitando em atender às demandas de Kiev há meses desde o início do conflito, especialmente quando se tratava de armas pesadas, como tanques ou caças, aponta a mídia, acrescentando que, inicialmente, as autoridades dos EUA não acreditavam que a Ucrânia conseguiria resistir à Rússia por tempo suficiente para fazer uso de tal ajuda militar.
Washington também receava que assistência militar maciça à Ucrânia pudesse desencadear uma escalada perigosa em suas relações com Moscou.
"Fomos um pouco mais cuidadosos no início […] não sabendo se Putin […] aumentaria [a tensão], e também não tínhamos certeza se a Ucrânia poderia usar o que nós [enviamos] a eles, ou aguentar por muito tempo a Rússia", disse Michael O'Hanlon, analista da Brookings Institution, um think tank sediado em Washington.
Agora essa atitude está mudando porque os Estados Unidos acreditam que a Rússia supostamente não seguiu em frente com as suas ameaças, aponta o jornal, citando ex-oficiais dos EUA.
O ex-embaixador dos EUA em Kiev, William Taylor, disse que Moscou "blefou e vociferou, mas não foram provocados".
"Os instintos das pessoas nos departamentos e agências, particularmente os [Departamento] de Estado e de Defesa e da comunidade de inteligência […], estão mais inclinados para avançar e mais agressivos", comentou ao The Hill o ex-diplomata do governo dos EUA.
No final de agosto, Biden autorizou um envio de armas para a Ucrânia no valor de quase US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões).
Em 1º de setembro, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que mais pacotes de armas seriam anunciados em um futuro próximo.
Moscou tem repetidamente alertado que os fornecimentos de armas ocidentais para a Ucrânia só prolongam o conflito e exacerbam o sofrimento humano.