"Não tenho certeza se os ucranianos são capazes de negociar, assim como em muitas outras questões. Eles não querem negociar nada", disse Nebenzya, respondendo a uma pergunta sobre as perspectivas de se chegar a um acordo sobre uma zona desmilitarizada na região da usina nuclear em Zaporozhie.
O representante russo afirmou ainda não saber o que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, quis dizer com zona de segurança ao redor da usina e em que medida esta medida melhoraria a segurança da central.
"Hoje, os militares russos estão protegendo a estação", lembrou Nebenzya.
AIEA 'fechou os olhos'
Após investigações na semana passada, a AIEA divulgou, nesta terça-feira (6), o seu relatório sobre a atual situação da usina.
Embora tenha recebido diversas evidências, entregues por Moscou, de que as forças ucranianas atacaram a usina reiteradas vezes nos últimos meses, a agência divulgou um documento protocolar, instando Rússia e Ucrânia a garantir uma comunicação fiável sobre a usina.
O membro do conselho da administração civil-militar da região de Zaporozhie, Vladimir Rogov, criticou o relatório, afirmando que a AIEA "fechou os olhos" para os bombardeios ucranianos.
"Não há um único apelo específico para o lado ucraniano parar o terrorismo nuclear e o bombardeio da usina, embora a missão tenha recebido todas as provas, exaustivas, do envolvimento dos terroristas de [Vladimir] Zelensky nos ataques contra a usina", disse Rogov à Sputnik.