"Fomos dissuadidos e Putin fez um trabalho muito bom em nos dissuadir", disse Breedlove em um podcast da OTAN.
Breedlove também comentou sobre o boicote europeu à Rússia. O militar avalia que Putin e outros líderes russos esperavam que a proibição de comprar energia russa provocasse uma crise energética na Europa capaz de mobilizar os povos contra os governos.
"Eles precisam separar o povo europeu de seus governos", afirmou Breedlove.
A Comissão Europeia está enfrentando críticas crescentes de alguns Estados-membros da União Europeia (UE) devido à crise energética e à força vinculante das decisões coletivas, disse na segunda-feira (5) uma fonte do bloco à Sputnik.
Há um grupo de Estados-membros, principalmente do chamado Grupo de Visegrado — Eslováquia, Hungria, Polônia e República Tcheca —, que não está satisfeito com as decisões da Comissão. Esses países cogitam não apoiar a reeleição da atual liderança da Comissão em 2024.
No sábado, cerca de 70 mil pessoas protestaram em Praga contra o governo tcheco pedindo à coalizão governista que faça mais para controlar os preços crescentes da energia e expressando oposição à União Europeia e à OTAN.
A Rússia iniciou em 24 de fevereiro uma operação militar especial na Ucrânia em resposta a pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donbass, que pediram assistência após tentativas de ofensiva pelas forças de Kiev. Moscou referiu que a ação também ocorreu em resposta aos avanços da OTAN na região e devido à possibilidade de ocorrerem ataques a territórios russos, tais como a Crimeia.
Em resposta, a União Europeia e outros países ocidentais impuseram restrições multissetoriais ao longo de sete rodadas de sanções, incluindo na área de energia, levando à destruição das cadeias de abastecimento e consequentes altas de preços nos produtos e serviços, que incluem os preços do gás e da eletricidade na Europa.