EUA querem construir novo destróier com mísseis hipersônicos, mas alto custo suscita preocupações

A Marinha dos EUA planeja que seu próximo navio de guerra consiga lançar mísseis hipersônicos e disparar com armas a laser que seriam mais potentes que as atuais existentes em serviço, avança agência AP.
Sputnik
O navio de guerra da próxima geração, denominado DDG(X), é o maior que a Marinha tem tentado desenvolver em décadas.

O navio é concebido para fornecer à Marinha dos EUA o poder necessário para impulsionar uma nova geração de armas de energia dirigida e sensores de alta potência que acabarão por substituir a produção dos destróieres da classe Arleigh Burke.

Informa-se que a embarcação poderia alimentar lasers de até 600 quilowatts que seriam suficientemente potentes para interceptar mísseis guiados hostis, ao mesmo tempo que sigam utilizando um casco convencional e um sistema de radar e armamento similar àquele que se utiliza atualmente, detalhou a Marinha.
É estimado que o novo navio de guerra comece a ser construído em 2028, apontou a entidade militar estadunidense, escreve USNI News. No entanto, todo este equipamento avançado não será barato.
Prevê-se que o custo médio de cada navio seja um terço mais caro que os Burke, os quais custaram cerca de 2,2 bilhões cada unidade (R$ 11,5 bilhões), segundo o Escritório Orçamental do Congresso.
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Todavia, existem preocupações com o custo do destróier, uma vez que, segundo especialistas, um preço elevado reduziria o número de navios que os EUA podem permitir-se construir, disse Bryan Clark, analista de defesa do Instituto Hudson.

"Você vai ficar com uma frota de superfície que, em vez de crescer, estaria encolhendo", disse Clark. A produção do novo navio ainda está a anos de distância, aponta ABC News.

Anteriormente, a Marinha dos EUA queria substituir os Arleigh Burke por destróieres com tecnologia furtiva da classe Zumwalt com propulsão elétrica e forma angular para minimizar a assinatura de radar. Entretanto, o programa foi cortado de 32 navios para três devido ao alto custo, mas os apoiadores disseram que os avanços tecnológicos podem ser úteis para futuros navios.
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