O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou nesta sexta-feira (9) as críticas de um alto funcionário da ONU e de adversários domésticos diante da medida adotada no país na qual o Exército terá controle sobre a Guarda Nacional liderada por civis.
Por uma margem de 71 a 51, os senadores aprovaram nesta manhã (9) a legislação e dá ao Exército o controle operacional, financeiro e administrativo da Guarda Nacional, que atualmente responde ao Ministério da Segurança, liderado por civis, segundo a Reuters.
"Quando as Nações Unidas tomaram uma posição? Essas organizações que supostamente defendem os direitos humanos, quase todas essas organizações são formadas por pessoas de direita de diferentes países do mundo [...] porque ganham muito dinheiro por simular, por fingir, por serem intermediários de governos", disse o presidente.
A declaração de López Obrador aconteceu em uma coletiva de imprensa regular enquanto o mandatário questionava o que o órgão havia feito para evitar o conflito entre Rússia e Ucrânia.
A alta comissária interina das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al-Nashif, disse que a legislação da Guarda Nacional é um retrocesso para a segurança pública e levantou preocupações adicionais sobre direitos humanos e responsabilidade.
"As forças de segurança devem estar subordinadas às autoridades civis", afirmou Al-Nashif em comunicado citado pela mídia.
De acordo com a agência britânica, é quase certo que as mudanças serão contestadas por violarem a Constituição, e alguns especialistas jurídicos de alto escalão dizem que provavelmente serão derrubadas na Suprema Corte.