O governo de Israel intensificou sua campanha para barrar o acordo nuclear iraniano. Na esteira de uma série de pronunciamentos e esforços diplomáticos para barrar o tratado, um funcionário israelense falou nesta segunda-feira (12) sobre o futuro do tratado.
Ele resumiu que o acordo, após anos de negociação com a comunidade internacional, "está morto". Segundo ele, essa realidade pode ser atestada pelas provas fornecidas por Tel Aviv de que Teerã havia mentido sobre suas intenções nucleares durante as negociações.
O funcionário, que está em Berlim em viagem com a delegação do primeiro-ministro Yair Lapid, falou com a imprensa logo após o chefe de governo de Israel ter entregue um documento ao chanceler alemão, Olaf Scholz, com "informações de inteligência" sobre o programa nuclear do Irã.
A declaração, importante ressaltar, é dada apenas um dia depois de Alemanha, França e Reino Unido emitirem uma declaração expressando "sérias dúvidas" sobre a sinceridade do Irã em buscar um acordo nuclear.
"Nós demos informações aos europeus que provam que os iranianos estão mentindo enquanto as negociações ainda estão ocorrendo", disse o funcionário ao jornal The Times of Israel.
"Não haverá um JCPOA [sigla em inglês para Plano de Ação Conjunto Global], dizem os americanos e a maioria dos europeus", comentou o funcionário do governo de Israel.
Segundo ele, "é hora de iniciar um diálogo estratégico com americanos e europeus sobre um acordo mais longo e mais forte. Mas o que precisamos agora é que os americanos coloquem uma ameaça militar crível e que todos pressionem por um acordo melhor", concluiu.