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Bolsonaro relaciona Crise dos Mísseis em Cuba de 1962 com operação russa na Ucrânia

Presidente brasileiro comparou conflito ucraniano à crise dos mísseis em Cuba na década de 1960 e diz que o pensamento que levou o presidente russo, Vladimir Putin, a começar a operação é ver que a OTAN poderia colocar mísseis perto de Moscou.
Sputnik
Nesta terça-feira (13), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), comentou sobre a operação russa na Ucrânia e comparou a ação a crise dos mísseis em Cuba em 1962, segundo a Folha de São Paulo.
"O que deve ter passado na cabeça dele [do presidente russo Vladimir Putin]? 'Os caras estão entrando para a OTAN, vão botar o míssil a poucos minutos de Moscou.' Igual à [situação na] baía dos Porcos [em referência à crise dos mísseis] em 1962. A União Soviética botou [mísseis balísticos] lá [em Cuba] e o governo americano falou 'tira ou o bicho vai pegar'. Os caras tiraram", afirmou em entrevista, citada pela mídia, a seis podcasters simpatizantes.
Até o momento, a posição do Brasil em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia foi de neutralidade. Ao visitar Moscou, em fevereiro, o presidente brasileiro se disse solidário à Rússia, o que gerou mal-estar com a Casa Branca.
Meses depois, Bolsonaro teve uma conversa telefônica com o líder ucraniano, Vladimir Zelenksy, que criticou a neutralidade do Brasil na crise. "Não acredito que alguém possa se manter neutro quando há uma guerra no mundo", disse.
A crise dos mísseis mencionada pelo mandatário aconteceu quando o então líder cubano, Fidel Castro, convenceu a União Soviética a instalar mísseis balísticos na ilha, sob o argumento de que eles serviriam como instrumentos de dissuasão militar. Na época, Washington também tinha mísseis do tipo na Turquia, próximo à Rússia.
Após aviões americanos identificarem a instalação dos mísseis soviéticos, Washington e Moscou se ameaçaram mutuamente e o impasse – que durou 14 dias – deixou o mundo à beira de uma guerra nuclear. O acordo para a retirada dos mísseis de Cuba só foi alcançado quando os EUA prometerem publicamente não invadir a ilha. Secretamente, os EUA também concordaram em retirar seus mísseis da Turquia, relembra a mídia.
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