Os Estados Unidos estão considerando opções para um pacote de sanções contra a China com objetivo de impedi-la de invadir Taiwan, de acordo com fontes familiarizadas com as discussões mencionadas pela Reuters. Ao mesmo tempo, Taipé estaria fazendo pressão diplomática para União Europeia fazer o mesmo.
De acordo com a mídia, as fontes disseram que as deliberações em Washington e o lobby separado taiwanês contra os enviados da UE estavam ambos em um estágio inicial, depois que os temores de uma invasão chinesa cresceram com a visita de autoridades norte-americanas junto às tensões militares em progressão no estreito de Taiwan.
Em ambos os casos, a ideia é aplicar sanções além das medidas já tomadas no Ocidente para restringir algum comércio e investimento com a China em tecnologias sensíveis como chips de computador e equipamentos de telecomunicações, diz a agência britânica.
"A possível imposição de sanções à China é um exercício muito mais complexo do que sanções à Rússia, dado o extenso envolvimento dos EUA e aliados com a economia chinesa", disse Nazak Nikakhtar, ex-funcionário sênior do Departamento de Comércio dos EUA.
As fontes não forneceram detalhes sobre o que está sendo considerado, mas a noção de sanções à segunda maior economia do mundo e um dos maiores elos da cadeia de suprimentos global levanta questões de viabilidade, relata a Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan disse que discutiu os recentes jogos de guerra da China e os "grandes desafios" que o gigante asiático representa para Taiwan e a região com os Estados Unidos, Europa e outros parceiros com ideias semelhantes, mas não pode divulgar detalhes.
Autoridades do bloco europeu até agora evitaram impor sanções duras a Pequim por questões de direitos humanos, já que o país desempenha um papel muito maior na economia da UE do que a Rússia, disse outra pessoa familiarizada com o assunto citada pela mídia.
As sanções europeias exigiriam que todos os 27 países-membros concordassem, o que muitas vezes é evasivo. Foi possível observar que o consenso foi difícil mesmo para isolar Moscou após o começo da operação russa na Ucrânia.