"Estamos em contato próximo com Baku e Yerevan. Estamos tomando as medidas necessárias para promover a estabilização da situação o mais rápido possível", afirmou Gonchar.
12 de setembro 2022, 18:20
Na noite de segunda-feira (12), os ataques eclodiram na fronteira armênio-azerbaijana.
Os lados acusaram-se mutuamente de iniciar uma escalada.
Ambos os lados relataram perdas entre militares. Hoje (13), as partes concordaram com um cessar-fogo.
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) aprovou nesta terça-feira (13) a criação de um grupo de trabalho para monitorar tensões entre Armênia e Azerbaijão. Após apelos de Yerevan, uma missão será enviada à fronteira entre os países.
O Conselho de Segurança Coletiva concordou ainda com a criação de um grupo de trabalho para monitorar constantemente a situação em sua área de responsabilidade.
Na reunião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, comunicou as ações que a Rússia tem tomado para diminuir as tensões entre os países. Os Estados Unidos fizeram um apelo aos russos nesta terça-feira (13) para que use sua influência sobre a Armênia e o Azerbaijão para negociar a paz.
Desde o início do século XX, quando ainda pertenciam ao Império Russo, Armênia e Azerbaijão travam uma disputa pelo controle de Nagorno-Karabakh, também conhecido como Alto Carabaque, uma região montanhosa situada na fronteira entre os dois países.
Em 1922, os dois países passaram a fazer parte da União Soviética (URSS), e as disputas permaneceram sob controle até o colapso do país, em 1991. Após se tornarem novamente independentes, as disputas pela região reacenderam.
Um cessar-fogo foi assinado entre as partes em 1994, mas o documento é constantemente desrespeitado. Em 2020, os confrontos tornaram a se agravar.