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TSE nega ter feito acordo com militares para apuração paralela de votos

Em comunicado, órgão reafirmou que a contagem de votos será feita a partir da somatória dos Boletins de Urna.
Sputnik
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, nesta segunda-feira (12), ter feito um acordo com militares ou qualquer outra entidade para um acesso diferenciado na contagem de votos nas eleições de outubro.
Em comunicado oficial à imprensa, o órgão destacou que "não houve nenhuma alteração do que foi definido no primeiro semestre" em relação à apuração das eleições. O tribunal informou que, como em todas as eleições, a contagem de votos será feita a partir da somatória dos Boletins de Urna (BUs). O órgão destacou que, no pleito deste ano, os BUs também serão divulgados na Internet "após o encerramento da votação, para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral".
"Independentemente dessa possibilidade, como ocorre há diversas eleições, qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os BUs de uma urna específica, de dez, de trezentas ou de todas as urnas", diz o comunicado.
Segundo informou a Folha de S.Paulo, a notícia gerou surpresa entre militares, que nos bastidores dizem ter recebido do ministro Alexandre de Moraes a promessa de acesso aos dados para uma apuração paralela em uma reunião realizada no último dia 31.
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Segundo noticiado, após o encontro, os militares seriam enviados a seções eleitorais para acessar e fotografar os BUs para fazer uma contagem paralela dos votos, o que seria inédito na história da democracia brasileira.
Pouco após a divulgação do comunicado do TSE, o Ministério da Defesa publicou uma nota refutando a matéria da Folha de S.Paulo e afirmando nunca ter solicitado acesso diferenciado aos dados.
"Cabe ressaltar que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação e permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE", diz a nota.
Moraes e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se encontraram em 31 de agosto, poucas semanas após a pasta solicitar "acesso urgentíssimo" a códigos-fontes das urnas eleitorais. Os dados, no entanto, já estavam disponíveis havia dez meses.
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