Panorama internacional

Mentora de atentado contra Cristina Kirchner foi namorada de brasileiro que atirou, aponta jornal

A namorada do brasileiro que atirou contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, teria sido a mentora do atentado fracassado contra a política no dia 1º de setembro. Fernando Sabag Montiel atirou contra ela em Buenos Aires, mas a arma falhou. Mais um suspeito foi preso na noite desta quarta-feira (14), segundo informou a mídia do país.
Sputnik
Segundo informações do jornal La Nación, Brenda Uliarte, namorada do brasileiro Fernando Sabag Montiel, trocou mensagens com a amiga Augustina Díaz, cujo teor foi recuperado pela polícia argentina.
O trio está preso por envolvimento na emboscada contra Kirchner.
Na noite desta quarta-feira (14), mais um suposto envolvido com a tentativa de assassinato foi preso. Nicolás Gabriel Carrizo é dono da máquina de algodão-doce que era usada por Brenda para vender o item comestível pelas ruas de Buenos Aires.
Ele se apresentou voluntariamente para depor na semana passada, e deixou seu celular à disposição da Justiça. Ao tentar buscar o aparelho hoje (14), Carrizo foi preso por ordem da juíza María Eugenia Capuchetti, que cuida do caso.
Ainda de acordo com o jornal La Nación, a motivação da prisão de Carrizo ocorreu devido ao conteúdo encontrado no telefone, que ainda não foi divulgado pelas autoridades.
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O plano para matar Cristina Kirchner

Um mês antes do ataque, Brenda disse à Augustina que estaria organizando um grupo para ir com "bombas, tochas e tudo" a fim de matar a vice-presidente.
Dias antes do atentado, ela escreveu para a amiga: "Vou matar Cristina. Mandei um cara para matar Cristina".
Augustina perguntou, então, quanto o homem havia cobrado.
A alusão de Brenda ao "cara" se refere a Montiel.
Brenda respondeu que ele não havia pedido dinheiro porque também estava "irritado" com a situação do país.
"Eu juro que essa eu vou matar. Estou exausta que ela roube e fique impune", acrescentou.
Em seguida, a amiga dá um alerta a Brenda sobre eventuais consequências do atentado.

"Você percebe a confusão em que vai se meter, certo? Eles vão te procurar em todos os lugares se descobrirem que você é cúmplice na morte da vice-presidente", escreveu.

Brenda responde que é por esse motivo que mandou "alguém" executar Cristina.
"Se acontecer, vou para outro país e até mudo de identidade. Eu tenho pensado nisso. Eu tenho algum dinheiro, conhecidos. Vou embora, mas primeiro quero fazer algo pelo país", afirmou.
Em diversos momentos, ambas se referem a Cristina Kirchner como "cadela velha".
As mensagens apontam que Montiel e Brenda teriam tentado o atentado contra a política dias antes, em 27 de agosto, mas eles cancelaram a execução do plano.
Nesta quarta-feira (14), Augustina, que também está presa por envolvimento no planejamento do atentado, prestou depoimento às autoridades argentinas. Ela negou envolvimento no ataque e disse não ter acreditado que sua amiga teria coragem de perpetrá-lo.
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