De acordo com Von der Leyen, a Europa precisa evitar ficar "presa no tipo de dependência que vemos agora com petróleo e gás", referindo-se aos esforços do bloco para se desvincular das exportações russas de energia.
"Precisamos aprender com os erros do passado", disse ela ao Parlamento Europeu, observando que a China controla a indústria de processamento global, com quase 90% das terras raras e 60% do lítio processado.
Embora não tenha apresentado detalhes, ela informou que a União Europeia (UE) identificaria "projetos estratégicos em toda a cadeia de fornecimento", incluindo extração, refino, processamento e reciclagem, para acumular reservas estratégicas.
Ao criticar a dependência europeia da Rússia, Ursula von der Leyen defendeu que é preciso mudar a importação de gás para "fornecedores confiáveis", como Estados Unidos, Noruega e Argélia.
Enquanto a Europa segue obstinada em isolar a Rússia e a China, Pequim e Moscou reforçaram seus laços comerciais e criaram medidas para proteger seus principais interesses econômicos.
Conforme apontado recentemente pela imprensa estatal chinesa, a Rússia está interessada principalmente no cinturão de produção industrial que está sendo formado no Extremo Oriente entre China, Japão, Coreia do Sul e Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).
O volume total de exportações da região já superou os da União Europeia e da América do Norte juntos.