Panorama internacional

Bloomberg: Europa prepara apagões controlados no inverno para evitar colapso

Os países europeus estão tomando medidas de consumo energético para limitar a intensidade de apagões durante os próximos meses, escreve a agência norte-americana.
Sputnik
A Europa está preparando planos para reduzir o consumo de eletricidade no próximo inverno em meio à crise energética, indicou na quinta-feira (15) a agência norte-americana Bloomberg.
Na França, a Rede de Transporte de Eletricidade do país anunciou na quarta-feira (14) que provavelmente terá que pedir ao país que reduza o consumo várias vezes no final de 2022 e início de 2023 para evitar apagões em cadeia, e a Finlândia também alertou seus cidadãos sobre possíveis cortes de energia.
Também na quarta-feira (14), a Comissão Europeia propôs um regulamento pedindo aos governos que reduzissem o consumo de eletricidade em 10% e 5% durante as horas de pico e criticou a maioria das pessoas por ainda não entenderem a gravidade da situação.
Os governos europeus têm introduzido medidas para economizar eletricidade, recomendando, entre outros exemplos, tomar duches mais curtos, baixar as temperaturas nas piscinas públicas e desligar a iluminação externa nos edifícios públicos.
No entanto, escreve a Bloomberg, algumas medidas são controversas e entendidas como agravando o problema. Por exemplo, os preços máximos, destinados a ajudar os consumidores e as empresas a lidar com os altos custos das contas, diminuiriam os incentivos para reduzir o consumo.
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De acordo com Ed Birkett, chefe de energia e clima da Onward, um think tank com sede em Londres, se a rede elétrica ficar sobrecarregada, as empresas de eletricidade terão que escolher se são as empresas ou as residências que sofrem.
"Se a demanda não for reduzida, as empresas serão forçadas a se desligar da rede e, em um cenário extremo, os domicílios poderão ser forçados a se desligar da rede."
Adam Bell, um consultor que anteriormente liderou a estratégia energética no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido, apontou que "qualquer coisa que as pessoas possam fazer agora para reduzir sua demanda ajudará".
No caso de situações críticas na França, os operadores de rede poderiam organizar interrupções locais controladas com duração máxima de duas horas, diz o sistema de alerta EcoWatt. O país poderá ter de importar grandes quantidades de energia neste inverno devido ao envelhecimento de suas usinas nucleares.
Já no caso do Reino Unido foi pedido às famílias e indústrias que tentassem economizar energia e, se isso não funcionasse, suspender o uso intensivo de energia por grandes empresas.
Até agora, a Europa não conseguiu substituir o gás russo, o que se reflete na atual crise energética. As sanções ocidentais contra a Rússia levaram a uma alta dos preços dos produtos e serviços no continente, incluindo da energia.
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