"A tentação de acabar com o apoio à Ucrânia é expressa por uma parte da sociedade europeia, querem pôr fim ao conflito, visto que não conseguem superar as suas consequências e o aumento dos preços. Devemos lutar contra tal visão", acredita Borrell.
O diplomata europeu salientou que "não é um bom momento para ceder", apelando para continuar apoiando Kiev.
"Não quero o conflito, mas é óbvio que a vitória será no campo de batalha, aqui a diplomacia é impotente", concluiu Borrell.
Após o início da operação militar russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente endureceu a pressão sancionatória contra Moscou. Ativos russos avaliados em centenas de bilhões de dólares foram congelados, enquanto a União Europeia já aprovou sete pacotes de restrições, incluindo o embargo ao carvão e petróleo russos.
O Kremlin chamou tais medidas de "guerra econômica". Segundo salientou o presidente russo Vladimir Putin, conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia ocidental a longo prazo, enquanto as sanções atacaram de forma séria toda a economia mundial. A população europeia já enfrentou a alta significativa dos preços dos alimentos, combustíveis e eletricidade, com as autoridades tendo de introduzir medidas de austeridade em meio à crise energética.