Panorama internacional

Europa está se destruindo a si mesma, diz The American Conservative

A Europa é como "um doente que ameaça se desligar a si próprio do equipamento de suporte de vida", escreve a edição The American Conservative em meio à crise energética que atinge o Velho Mundo.
Sputnik
A revista lembra a declaração de Georg Friederich, dirigente de uma das maiores empresas de fornecimento de gás, a Gasag, segundo o qual os cidadãos alemães conseguirão sobreviver ao inverno [no Hemisfério Norte] se começarem a subir as escadas a pé.
"Os jovens e pessoas fisicamente fortes podem sobreviver ao inverno usando duas camisolas e começando a subir as escadas a pé", afirmou ele em julho, afirmando que a calefação em casa não deve ser superior a 18 graus Celsius.
O chefe da empresa Wiesbaden Tenz, que abastece 170 mil consumidores com eletricidade, por sua vez, avisou que a Alemanha poderia enfrentar apagões e falhas das redes de energia.
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A atual crise energética, continua o The American Conservative, pode provocar, além de problemas sérios nas indústrias alemãs, tensões sociais de grande dimensão. Segundo os dados recentes, o cidadão alemão tem que pagar 270 euros (R$ 1.393) por mês pelos serviços públicos (água, eletricidade, gás, etc.). Isso é quase três vezes mais que no ano passado.
Mesmo assim, em breve os alemães terão um novo aumento dos preços. A partir de outubro, os preços dos serviços públicos na Alemanha podem aumentar em 1.000 euros (R$ 5 mil) por ano.
Contudo, a elite globalista não se importa com isso, conclui o The American Conservative.
Anteriormente, o economista austríaco Ralph Schoellhammer, em um artigo intitulado "O Suicídio Nacional da Alemanha" para a edição Spiked, afirmou que a elite alemã, obcecada com a ecologia, sacrifica a segurança energética e alimentícia em benefício da agenda climática.
"A Alemanha está caminhando para o abismo", disse Schoellhammer.
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Tal como em outros países ocidentais, os alemães tem enfrentado o aumento dos preços da energia e uma inflação alta devido às sanções impostas contra Moscou e à política de abdicar do petróleo, gás e carvão russos. Por causa do aumento dos preços dos combustíveis, antes de mais nada do gás, as indústrias alemãs em muitos aspectos perderam as suas vantagens competitivas, o que afetou de forma severa a maior economia da União Europeia.
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