Notícias do Brasil

Bolsonaro comemora aumento no percentual da população ocupada

Pesquisa do Ipea aponta aumento de 7,5% na população ocupada em julho de 2022. Informalidade, no entanto, persiste e representa 39,8% da população ocupada, segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE.
Sputnik
O governo do presidente Jair Bolsonaro celebrou nesta quarta-feira (22) os dados divulgados em uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apontou que o Brasil registrou um aumento de 7,5% na população ocupada em julho de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado.
"O Ipea divulgou nota sobre o Desempenho Recente do Mercado de Trabalho e Perspectivas, que aponta uma melhora generalizada na ocupação, abrangendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e quase todos os setores da economia", escreveu Bolsonaro, em suas redes sociais.
Notícias do Brasil
Menos ou mais empregos? Especialistas apontam riscos do processo eleitoral ao mercado de trabalho
De acordo como o Ministério da Economia, a alta indica uma recuperação econômica, após as perdas geradas pela pandemia, que arrefeceu nos últimos meses, com queda no número de mortos e novos casos.
Segundo dados do Ipea, a alta na taxa de ocupação levou a taxa de desocupação a cair para 8,9% em julho, o menor patamar para o mês desde 2015.
A volta à normalidade, no entanto, enfrenta alguns problemas. Um deles é manutenção da alta taxa de informalidade. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 31 de agosto, o número de trabalhadores informais chegou ao seu maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, em números absolutos, com 39,3 milhões.
A taxa de informalidade registrada no trimestre encerrado em julho foi de 39,8% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,2% no mesmo trimestre de 2021. Ou seja, o aumento da ocupação foi puxado principalmente pela formalidade. E, segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, isso se deve tanto ao crescimento do setor público quanto na carteira assinada pelo setor privado. No entanto, mesmo com a carteira assinada no setor privado mostrando expansão e totalizando 35,801 milhões de vagas no trimestre até julho, o patamar ainda é menor do que o mais elevado registrado em 2014, quando somava 37,594 milhões, com uma população menor do que a atual.
"Embora tenha avançado, o emprego com carteira não se equiparou a recordes já mostrados nessa série", disse Beringuy, citada pelo Estadão. "A gente tem algum espaço ainda para ser percorrido em termos de adição de carteira de trabalho para se bater o recorde que foi atingido lá atrás."
Ainda de acordo com o último levantamento, o rendimento real habitual (R$ 2.693) cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior e caiu 2,9% no ano. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 260,7 bilhões) cresceu 5,3% frente ao trimestre anterior e 6,1% na comparação anual.
Comentar