Os números foram divulgados pelo porta-voz do Diretório Central de Organização e Mobilização do Estado-Maior russo, Vladimir Tsimlyansky, em declaração à mídia russa.
"Durante o primeiro dia da mobilização parcial, mais de 10 mil cidadãos chegaram voluntariamente aos escritórios de registro e alistamento militar, sem esperar por uma intimação", disse.
Soldados russos conversam durante ação das Forças Armadas da Rússia em Aleksandrovka, na região de Kherson, região ucraniana sob controle russo em meio à operação militar especial de Moscou na Ucrânia
© Sputnik / Konstantin Mikhalchevsky
A declaração vem no dia seguinte ao anúncio do decreto de mobilização geral realizado pelo presidente russo, Vladimir Putin. A decisão do Kremlin ocorreu um dia após as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL), e das regiões ucranianas de Zaporozhie e Kherson — controladas pela Rússia — de decidirem organizar referendos de adesão à Federação da Rússia. Os referendos serão realizados entre os dias 23 e 27 de setembro.
De acordo com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, a mobilização parcial no país é motivada pela necessidade de controlar a linha de contato em meio à operação militar especial russa na Ucrânia, que se estende por cerca de 1.000 quilômetros. A medida convoca 1% do potencial de mobilização da Rússia, o equivalente a cerca de 300 mil reservistas.