A Marinha da Índia está atualmente avaliando os relatórios de extensos testes de caças Rafale da França e de F-18 norte-americanos, a fim de finalizar um acordo de defesa de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25,4 bilhões) para a aquisição de 26 aeronaves de combate.
Autoridades indianas disseram à agência de notícias ANI que as aeronaves de combate vão ser adquiridas sob um contrato bilateral e ser implantadas a bordo do segundo porta-aviões da Índia, o INS Vikrant, que foi oficialmente comissionado na Marinha pelo primeiro-ministro Narendra Modi, no dia 2 de setembro passado.
Autoridades disseram que os testes foram realizados na costa de Goa. O comando da Marinha está atualmente em processo de análise quanto às "especificações técnicas" exigidas das aeronaves.
Enquanto os F-18 Super Hornet, desenvolvidos pela Boeing, são compatíveis com porta-aviões de 100.000 toneladas, os caças Rafale, desenvolvidos pela Dassault Aviation, são mais adequados para porta-aviões de 60.000 toneladas.
A Boeing afirmou que seus jatos F-18 são adequados para o INS Vikrant e para o primeiro porta-aviões da Índia, o INS Vikramaditya. Além disso, a empresa norte-americana disse que os jatos F-18 vão poder operar em conjunto com drones de vigilância do tipo P-8, bem como com outros sistemas desenvolvidos pelos EUA.
Por outro lado, acredita-se que as forças de defesa indianas estejam mais familiarizadas com os jatos Rafale, tendo em conta a recente aquisição de 36 aeronaves de combate da França no valor de US$ 5,6 bilhões (aproximadamente R$ 28,4 bilhões), cujo contrato foi assinado em 2016.
Esta não é a primeira vez que os caças Rafale e F-18 surgem como candidatos finais em uma licitação da Marinha indiana. Os Rafale já haviam superado os jatos norte-americanos como favoritos para substituir os MiG-29 da Marinha indiana, mas o acordo não pôde ser concluído no último minuto.
No entanto, a licitação ajudou a Dassault Aviation a ganhar o contrato para fornecer caças para a Força Aérea indiana em 2016.