A pasta acrescentou que nenhuma ameaça da UE ou de outros países ocidentais vai mudar os objetivos da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, desencadeada em 24 de fevereiro.
"Em vez de ajudar a acabar com o conflito, a União Europeia não esconde seu desejo de prolongar ao máximo as hostilidades, apesar das baixas e da destruição, para garantir a 'vitória no campo de batalha', para enfraquecer nosso país com a ajuda de restrições unilaterais", diz o comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia salientou que a posição da UE é especialmente cínica porque viola suas próprias regras de controle de exportação de tecnologias e equipamentos militares ao impulsionar o regime de Kiev com armas letais.
A pasta sublinhou que a ameaça da UE ou de outros países ocidentais não mudará a determinação da Rússia.
"Nenhuma ameaça da UE ou de outros países ocidentais mudará nossa determinação de alcançar todas as metas e objetivos da operação militar especial e garantir a proteção da população russa", diz o comunicado.
Na quarta-feira (21), a UE anunciou que pretende impor novas sanções pessoais e setoriais à Rússia em razão dos referendos nas repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), bem como nas regiões de Kherson e Zaporozhie, sobre integração à Rússia.
O anúncio foi feito pelo alto representante do bloco para a política externa, Josep Borrell, em comunicado lido na quarta. A ameaça de novas sanções por conta dos referendos já havia sido feita por Borrell.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rebateu Borrell hoje (23) por conta das ameaças.
"Prestamos atenção a esta declaração do chefe da diplomacia europeia, que reflete a posição comum dos países da União Europeia. Como muitas declarações recentes de Josep Borrell, está permeada de um clima de confronto, completamente desprovido de objetividade e fora da realidade", disse Zakharova.
Ela afirmou ainda que as acusações europeias contra a Rússia são "hipócritas", tendo em vista como Bruxelas fez vista grossa para a transformação da Ucrânia em um Estado do "tipo nazista".
Segundo a representante do MRE russo, por muitos anos o país vizinho violou direitos básicos, como liberdades de expressão, opinião e consciência, acesso à informação, o direito à vida e uso da língua nativa.