Pentágono atribui quase US$ 1 bilhão para desenvolvimento de mísseis hipersônicos

Passado mais de um ano após atribuir contratos de 15 meses à Raytheon, Boeing e Lockheed Martin, a Força dos EUA alocou US$ 985 milhões para a Raytheon desenvolver mísseis de cruzeiro hipersônicos.
Sputnik
A Força Aérea dos EUA atribuiu na quinta-feira (22) um contrato de US$ 985 milhões (R$ 5,04 bilhões) à empresa Raytheon Technologies para desenvolver e testar mísseis de cruzeiro hipersônicos (HACM, na sigla em inglês) de motor scramjet, informa a entidade militar.
O contrato reduz o número de empresas competindo pelo desenvolvimento destas armas de três para uma, e pretende fazer avançar o projeto da fase de protótipo para uma arma operacional.
Segundo a Força Aérea dos EUA, a arma lançada a partir de caças pode atingir alvos importantes em ambientes contestados, podendo ser disparada de fora do alcance das defesas antiaéreas inimigas.
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Os HACM podem voar a velocidades várias vezes a do som e manobrar durante o percurso, dificultando sua detecção e intercepção por forças inimigas. A ideia da arma, que seria produzida pela Raytheon, é ser disparada junto do limite da defesa adversária, podendo atingir uma velocidade de Mach 5, ou 5.960 km/h.
"O HACM é um exemplo poderoso, desde o início, de desenvolvimento e integração das capacidades de combate ao lado de nossos parceiros. O HACM fornecerá aos nossos comandantes flexibilidade tática para empregar caças a fim de manter sob ameaça alvos importantes e sensíveis em termos de tempo, deixando ao mesmo tempo os bombardeiros para outros alvos estratégicos", disse CQ Brown, general e chefe de gabinete.
O projeto foi iniciado em 2020 em conjunto com a Austrália, como parte da colaboração na SCIFIRE (Experiência de Pesquisa de Voo Integrada do Cruzamento do Sul, em português). A Força Aérea dos EUA atribuiu nesse ano contratos de 15 meses não só à Raytheon, mas também à Boeing e à Lockheed Martin. Agora, a primeira parece ter sido a escolhida. O Pentágono detalha que usará a infraestrutura da Austrália para testar a nova arma, devido à sua inexistência nos EUA.
A Força Aérea americana espera ter os mísseis HACM disponíveis até o início do ano fiscal de 2027.
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