Ao analisar as descobertas do rover, os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade de Pequim disseram que a possibilidade de existir água em profundidades mais baixas não pode ser descartada.
Embora nenhuma evidência direta de água líquida tenha sido encontrada no subsolo raso, o estudo dá peso à teoria de que a área de pouso do rover já abrigou um oceano antigo.
O rover Zhu Rong pousou, em 2021, em Utopia Planitia, uma grande bacia nas planícies do norte de Marte. Desde então, viajou mais de 1,9 km para fazer detecções terrestres.
A imagem de radar mostrou quatro camadas horizontais formadas em diferentes momentos e através de diferentes processos geológicos.
A camada mais espessa, com cerca de 30 a 80 metros abaixo da superfície, consiste em rochas maiores que provavelmente eram depósitos de sedimentos de uma rápida inundação catastrófica há cerca de 3 bilhões de anos, escreve o South China Morning Post.
Uma camada acima contém rochas menores e mais jovens, que provavelmente foram o resultado de intemperismo, impactos de asteroides ou inundações regionais, de acordo com os pesquisadores.