"Isso é um conflito muito perigoso. […] Queremos apoiar a Ucrânia de tal maneira que isso não agrave a situação e se transforme em uma guerra entre a Rússia e a OTAN, visto que isso seria uma catástrofe", defendeu o político.
Segundo Scholz, a Alemanha "já está fazendo muito pela Ucrânia".
Além disso, de acordo com o jornal The New York Times, o chanceler alemão ficou irritado com as palavras do chefe da diplomacia ucraniana Dmitry Kuleba, que criticou a falta de desejo de Berlim de fornecer tanques a Kiev.
"A liderança não significa que vocês façam o que vos pedem. A liderança significa que vocês tomem decisões corretas e sejam fortes. É isso que eu faço", respondeu o chanceler.
16 de setembro 2022, 06:46
Anteriormente, a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, comunicou que a Alemanha não planeja fornecer à Ucrânia tanques de modelos ocidentais.
O regime de Kiev conta receber tanques alemães Leopard 2, mas Berlim segue rejeitando esses pedidos. Ao mesmo tempo, o chanceler alemão Olaf Scholz enfatizou que a Alemanha seguirá apoiando a Ucrânia, mas não dará passos sem a autorização dos outros aliados da OTAN.
Conforme comunicou a agência Bloomberg, os países ocidentais acordaram informalmente não fornecer tanques às autoridades de Kiev. Nesse contexto, a Alemanha não quer ser o primeiro dos aliados a romper o acordo, provocando uma eventual escalada.
Nesse contexto, anteriormente o ministro das Relações Exteriores ucraniano Dmitry Kuleba escreveu na sua conta no Twitter ter recebido da Alemanha sinais "decepcionantes" relacionados com o fornecimento de tanques Leopard e veículos blindados Marder. Kuleba afirmou que não existe "nenhum argumento razoável" para que este armamento não seja fornecido. O chanceler ucraniano questionou: "De que é que Berlim tem medo?".
Anteriormente, o chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov sublinhou que quaisquer transportes carregando armas ocidentais para Kiev se tornarão um alvo legítimo para o Exército russo. Segundo salientou o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, ao inundar a Ucrânia com armas, o Ocidente apenas prolonga as hostilidades.