A inflação na Alemanha voltou a subir em setembro, atingindo 10,0%, após dois meses de queda, relata na quinta-feira (29) a revista alemã Der Spiegel, que citou dados do Escritório Federal de Estatísticas.
Nos dois meses anteriores a taxa de inflação se tinha reduzido ligeiramente, nota a Der Spiegel.
Os economistas preveem uma alta generalizada dos preços depois que no final de agosto expiraram no país descontos ao combustível e o transporte, escreve a revista. A desvalorização do euro também foi citada como fator nesse desenvolvimento.
Trata-se da maior taxa de inflação da Alemanha unificada, e a maior na história da República Federal da Alemanha desde dezembro de 1951, quando ocorreu uma alta de 10,9%. A única outra ocasião em que a inflação atingiu dois dígitos foi em novembro de 1951, quando chegou aos 11,5%. Os dados do Índice de Preços do Consumidor começam em 1950, um ano a seguir à formação da então Alemanha Ocidental.
As sanções da União Europeia e restrições individuais impostas por estados-membros do bloco a partir do final de fevereiro, depois do começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, aumentaram os custos dos produtos e serviços. Isso ocasionou uma escalada da inflação, para os maiores níveis em décadas nesses países, e a forte possibilidade de uma recessão já nesta segunda metade de 2022.