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'Seu garotinho': Palestina diz que repreendeu Blinken por não pressionar Israel

Em uma reunião de palestinos que moram nos EUA, à margem dos encontros na Organização das Nações Unidos (ONU), o líder da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, disse que repreendeu o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, por não pressionar Israel a fazer a paz.
Sputnik
O encontro teria acontecido na semana passada, mas a gravação da reunião de 22 de setembro foi publicada apenas nesta quinta-feira (29) pelo The Times of Israel. Na ocasião, o líder da AP relembrou uma recente conversa telefônica com Blinken.
Mahmoud Abbas disse que ficou frustrado com o que chamou de prática recorrente dos EUA de alegar que Israel não tem interesse na paz, enquanto se recusa a usar o púlpito americano para pressionar Jerusalém a se mover nessa direção.

"Eu disse a Blinken: 'Seu garotinho, não faça isso'", disse o líder da Autoridade Palestina aos palestinos americanos.

Abbas disse que lembrou a Blinken como durante a crise de Suez, de 1956, Israel concordou em retirar suas forças da Faixa de Gaza depois de uma ordem do então presidente dos EUA, Dwight Eisenhower.
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"Conheço sua história", disse Abbas a Blinken, detalhando o episódio envolvendo uma série de telefonemas que Eisenhower mantinha com Ben Gurion, primeiro-ministro israelense na época.
O presidente da AP ainda disse ao secretário de Estado dos EUA para que usasse o "telefone vermelho". Ele afirmou que os EUA lidam com "190 países" dessa maneira, mas não com Israel.
Abbas disse aos participantes da reunião que costumava acreditar nas administrações dos EUA que afirmavam que Israel não quer a paz. No entanto, ele agora percebe que "não são que os israelenses não queiram a paz, mas os americanos não querem a paz".
Um dia depois de seu encontro com os palestinos americanos, Abbas disse à Assembleia Geral da ONU que os EUA apenas "fingem defender o direito internacional e os direitos humanos", em um discurso inflamado que criticou Israel por prejudicar as perspectivas de paz e lamentou o fracasso da comunidade internacional em agir em nome dos palestinos.
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