Os autores do artigo apelam para a União Europeia agir mais independentemente, referindo a recessão que está se aproximando, a desaceleração das atividades empresariais, a redução do crescimento econômico e os problemas energéticos.
"A União Europeia deve atuar de forma mais independente, em vez de permitir que os EUA lhe ditem as suas políticas", salienta a edição.
Enfatiza-se que em 2021 o comércio entre a China e a União Europeia demonstrou um forte crescimento de 27,5% por ano, o que mostra o desenvolvimento ativo e sustentável de sua parceria econômica, apesar da recuperação insuficiente da economia mundial dos efeitos negativos da pandemia COVID-19. Hoje em dia, a China ainda é o maior parceiro comercial da UE, enquanto para a própria China a União Europeia apenas é o segundo parceiro.
Conforme os autores, este ano a UE tem assumido uma posição muito mais severa em relação à China sob a pressão dos Estados Unidos, tendo introduzido novas regras, que preveem o controle mais rigoroso dos investimentos chineses na Europa. O bloco também impôs sanções contra a China por alegadas violações dos direitos humanos, declarando Pequim seu "adversário estratégico".
"Mimetizando a posição de confronto dos Estados Unidos, a União Europeia corre o risco de prejudicar a parceria com a China ainda mais, o que afeta os interesses econômicos dos seus membros", sublinha o artigo.
Em 2021, a UE aprovou novas sanções contra representantes chineses alegadamente responsáveis por violações dos direitos humanos. As restrições se tornaram as primeiras da União desde o embargo à venda de armas, introduzido em 1898 em resposta aos acontecimentos na praça da Paz Celestial, marcados pelos protestos dos estudantes, reprimidos pelas autoridades.