"Não há nada mais forte do que a determinação de milhões de pessoas que em sua cultura, fé, tradição e língua se consideram parte da Rússia, cujos antepassados viveram durante séculos em um único país. Não há nada mais forte do que a determinação dessas pessoas em sua verdadeira pátria histórica", disse o presidente russo.
"A aplicação relativa à Convenção de Montevidéu não pode escolher países e povos simpáticos às agendas da vez de grupos poderosos, vide a questão kosovar e sua interpretação por Washington–Londres", diz o analista político à Sputnik Brasil.
"Não há possibilidade de admitirmos que uma agenda exportada pela cultura anglo-saxônica possa ser imposta a culturas milenares, exortando outros povos a abrir mão de sua história, religiosidade e tradições, que remontam a séculos", diz o especialista.
"A Rússia está sofrendo sanções há anos, e não está surtindo efeito. As sanções estão sendo basicamente um band-aid em um ferimento a bala, não vai estancar o sangramento", diz Gama em declarações à Sputnik Brasil.
Adesão coloca OTAN sob pressão
"Visto que os players globais envolvidos na contenda possuem amplo e reconhecido poder dissuasório, se não houver uma célere disposição para negociação das partes, o risco de escalada com consequências imprevisíveis é mais real do que nunca", diz o especialista.
"Acho possível que a OTAN seja freada um pouco, sim, porque se houver maior engajamento do Ocidente nesse conflito, um engajamento de fato no campo, isso pode escalar realmente e se espraiar para outras regiões da Europa, e acredito que a Europa não queira isso, nem agora nem em nenhum momento. Não à toa estão tentando manter esse conflito entre Rússia e Ucrânia, sem maiores envolvimentos", conclui.