Operação militar especial russa

OTAN não pode aceitar Ucrânia como membro agora, mas vai continuar apoiando Kiev, diz Stoltenberg

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, discutem nesta sexta-feira (30) referendos russos e proteção de infraestrutura após sabotagem, informou a Casa Branca.
Sputnik
A Casa Branca informou que Sullivan e Stoltenberg, após a realização dos referendos de adesão à Rússia e os ataques aos gasodutos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) se reuniram nesta sexta-feira para discutir qual vai ser a posição da Aliança Atlântica.
"Eles discutiram sua preocupação compartilhada com as tentativas ilegítimas da Rússia de supostamente anexar território ucraniano por meio de referendos falsos e expressaram seu firme compromisso com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Na sequência da aparente sabotagem dos gasodutos Nord Stream no mar Báltico, eles discutiram a proteção de infraestruturas críticas", disse a Casa Branca em comunicado.
O secretário-geral da OTAN confirmou que a aliança não vai tomar parte no conflito ucraniano, mas que apesar disso vai continuar enviando a assistência necessária a Kiev e afirmou que membros da OTAN não vão reconhecer à adesão dos territórios.
Além disso, Stoltenberg disse que a aliança não pode garantir que a Ucrânia passe a ser considerada membro no momento. Ele afirmou que, embora todos os países possam pedir para entrar para o bloco, a adesão só pode ser aceita com a aprovação de todos os membros.
Operação militar especial russa
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Ainda hoje, no contexto da adesão oficial de ex-territórios ucranianos à Rússia, Vladimir Zelensky, o presidente ucraniano, pediu que a aliança analisasse com urgência sua solicitação para entrar para o bloco.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken afirmou que Washington vai tomar medidas junto ao Conselho de Segurança da ONU para responsabilizar a Rússia pelos referendos.
"Também estamos tomando medidas hoje no Conselho de Segurança das Nações Unidas para responsabilizar a Rússia pelos falsos referendos, e a suposta anexação da Rússia impede o Conselho de Segurança de cumprir suas responsabilidades. Vamos pedir à Assembleia Geral da ONU onde cada país tem um voto para deixar claro que é inaceitável redesenhar as fronteiras pela força, e que cada país tem interesse em condenar tais medidas", disse ele em entrevista coletiva conjunta com a ministra canadense das Relações Exteriores, Melanie Joly.
Nesta manhã, o governo Biden também anunciou que novas medidas contra a Rússia seriam adotadas, segundo matéria da NBC.
Os referendos de adesão à Rússia das repúblicas de Donbass, Donetsk (PRD) e Lugansk (RPL), e regiões de Kherson e Zaporozhie foram realizados de 23 a 27 de setembro. Todos os quatro territórios que organizaram referendos votaram a favor de fazer parte da Rússia como divisões federais.
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Ministros das Relações Exteriores do G7

Os ministros das Relações Exteriores do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e o chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenaram em uma declaração conjunta a adesão das quatro regiões à Rússia.
"Nós, os ministros das Relações Exteriores do G7 do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, Estados Unidos da América e o Alto Representante da União Europeia, estamos unidos em nossa condenação nos termos mais fortes possíveis da guerra da Rússia. de agressão contra a Ucrânia e suas contínuas violações da soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia", diz o comunicado.
Os ministros também pediram a outros países que condenassem a Rússia e prometeram novas sanções à Rússia.
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