Operação militar especial russa

Adesões dão a Rússia posição defensiva segura, explica ex-assessora do Pentágono

Em entrevista à Sputnik, Karen Kwiatkowski, ex-assessora do Pentágono, fez uma análise sobre a adesão das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugank (RPL), assim como as regiões de Kherson e Zaporozhie, ao território russo.
Sputnik
Segundo ela, a adesão de quatro novas regiões fornece à Rússia posições defensivas bem estabelecidas, enquanto a Ucrânia e os EUA parecem empenhados em escalar o conflito indefinidamente, anulando todas as perspectivas de paz.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou nesta terça-feira (4) um decreto sobre a impossibilidade de manter conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, que pediu negociações de cessar-fogo após assinar acordos de adesão com líderes regionais na semana passada.
Enquanto isso, os EUA estão armando a Ucrânia em um ritmo vertiginoso, com o presidente Joe Biden chegando ao ponto de emitir uma ordem executiva ao Pentágono, na segunda-feira (3), que renuncia a requisitos legais para acelerar e expandir a produção e as compras de armas.
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Karen Kwiatkowski explicou que a Rússia já tem a logística e o apoio popular nas quatro regiões que aprovaram a adesão "e agora estabeleceu uma posição defensiva".

"O lado ao qual [os EUA] nos opomos acabou de votar como povo de língua russa para se juntar à Rússia, em um objetivo óbvio de acabar com a mortal guerra civil ucraniana, em andamento desde antes de 2014", disse.

A mensagem dos EUA internamente, acrescentou a ex-assessora do Pentágono, é que o contribuinte dos EUA está pagando bilhões para salvar uma "democracia funcional" na Europa.

"O problema é que o lado que apoiamos baniu a maioria dos partidos políticos e todas as críticas a Kiev", afirmou.

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Para ela, há sinais claros de que muitos nos EUA se cansaram do conflito, com base em pesquisas recentes e como evidenciado pelo magnata dos negócios Elon Musk, que apresentou ideias em suas redes sociais para acabar com a crise.
Na avaliação dela, as lideranças políticas da Ucrânia e dos Estados Unidos desejam continuar a luta e estão despejando bilhões de dólares em ajuda militar no governo ucraniano e nas Forças Armadas deste.
"Os EUA continuarão enviando armas e ajuda militar para a Ucrânia para enfraquecer a Rússia como uma potência militar próxima e enriquecer as poderosas empresas que fabricam essas armas e financiam os políticos", disse Kwiatkowski.
Esse conflito, acrescentou, agora se dá principalmente para justificar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e garantir que em grande parte a Europa permaneça economicamente e militarmente dependente dos Estados Unidos.
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