Eleições 2022

PDT se reúne em Brasília para analisar apoio a Lula

Partido condicionou apoio à incorporação de três propostas de Ciro Gomes à campanha de Lula. Tebet aguarda posição do MDB e Soraya Thronicke desejou "boa sorte" ao Brasil.
Sputnik
Lideranças da executiva nacional do PDT se reuniram na manhã desta terça-feira (4) para discutir o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições. A reunião, que estava prevista para a próxima quarta-feira (5), foi antecipada para esta manhã.
O PDT condicionou o apoio a Lula à incorporação de três propostas à sua campanha: a adoção do Programa Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy, que estabelece uma renda mínima de R$ 1 mil mensais às famílias mais pobres; a adoção do ensino integral em escolas da rede pública; e a adoção do programa de parcelamento para limpar o nome da população endividada. Tais propostas faziam parte do programa de governo de Ciro Gomes (PDT) nas eleições deste ano e de 2018.
Ciro ainda não se posicionou sobre um eventual apoio a Lula, mas, segundo noticiou a CNN Brasil, sua participação na reunião desta manhã, por videoconferência, estava prevista.
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Por sua vez, a candidata Simone Tebet (MDB) afirmou já ter tomado sua decisão e deu 48 horas para que seu partido e as legendas que integravam a coligação de apoio à sua campanha — o PSDB, o Cidadania e o Podemos — se posicionem.
Na noite do último domingo (2), logo após o resultado da votação ser anunciado, Tebet discursou em um evento do MDB no qual afirmou que tem lado e que não ficará omissa no segundo turno.

"Roberto [Freire], acelere a decisão do Cidadania. Peço ao MDB que faça o mesmo. E ao PSDB e Podemos que façam o mesmo. Só não esperem de mim — eu que tenho uma trajetória de vida de luta pelo país, neste país que tanto precisa de nós — omissão. Tomem logo a decisão, porque a minha está tomada. Eu tenho lado e vou me pronunciar no momento certo. Só espero que vocês entendam que esse não é qualquer momento do Brasil", disse Tebet no evento.

Já o Partido Novo, do candidato Luiz Felipe D'Avila, divulgou uma nota na qual afirmou que "a polarização venceu".
"Desde o surgimento da nossa instituição, sempre soubemos que não seria fácil e que nosso trabalho é de longo prazo. Em um país com raízes tão fortes na visão de um Estado intervencionista, inchado e paternalista, defender a liberdade e políticas que realmente coloquem o cidadão em primeiro lugar é uma missão especialmente difícil", diz a nota.
Soraya Thronicke e seu partido, o União Brasil, também não se posicionaram ainda. Porém a candidata derrotada publicou uma mensagem nas redes sociais desejando "boa sorte" ao país.
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