Panorama internacional

EUA planejam aliviar sanções contra a Venezuela e retorno da Chevron ao país, diz jornal

Nesta quarta-feira (5), a mídia norte-americana afirmou que a Casa Branca se prepara para reduzir as sanções contra a Venezuela com o objetivo de reduzir os preços de energia ao permitir que a petroleira Chevron volte a operar no país sul-americano.
Sputnik
Conforme publicou o jornal norte-americano The Wall Street Journal, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acredita que a medida pode aumentar a oferta global de petróleo e reduzir os aumentos dos preços de energia.
A revelação feita pelo jornal vem à tona no mesmo dia de um grande corte de produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) para combater a queda dos preços do petróleo bruto. Em resposta ao anúncio, Biden já anunciou a liberação de barris de petróleo da reserva estratégica dos EUA — estoques já reduzidos pelo democrata aos níveis mais baixos desde 1984.
A possível medida de Washington em relação à Venezuela pode abrir caminho para uma reabertura dos mercados dos EUA e da Europa às exportações de petróleo venezuelano, informou o Wall Street Journal citando fontes.
A publicação afirma que, em troca de "alívio significativo das sanções", o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, retomaria as negociações há muito suspensas com a oposição do país para discutir as condições necessárias para realizar eleições presidenciais livres e justas em 2024.
Joe Biden, presidente dos EUA, fala em evento em Washington, EUA, 1º de outubro de 2022
Os EUA, o governo da Venezuela e algumas figuras da oposição venezuelana também teriam elaborado um acordo que liberaria centenas de milhões de dólares em fundos estatais venezuelanos congelados em bancos norte-americanos para pagar as importações de alimentos, medicamentos e equipamentos para a rede elétrica e os sistemas municipais de água do país.
O jornal aponta que o acordo depende da aprovação do governo Maduro. Caso o arranjo siga em frente e a Chevron, juntamente com as empresas norte-americanas de serviços petrolíferos, volte a trabalhar na Venezuela, apenas uma quantidade limitada de petróleo seria colocada no mercado mundial a curto prazo.
Um especialista ouvido pela publicação afirmou que a aproximação com Caracas poderia servir como estratégia de longo prazo para os EUA e a Europa na busca de novas fontes de energia em meio às consequências econômicas do conflito na Ucrânia.
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