Panorama internacional

Belarus fala em 'tomar medidas' contra implantação de armas nucleares dos EUA na Polônia

O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, disse que o país vai tomar medidas contra a implantação de armas nucleares dos EUA na Polônia, após o presidente polonês, Andrzej Duda, admitir que há negociações nesse sentido.
Sputnik
Em entrevista concedida na quarta-feira (5), o presidente polonês reconheceu que Varsóvia manteve negociações com Washington sobre armas nucleares e que o "tema está em aberto".
O líder polonês destacou que "sempre há uma possibilidade potencial de participar do programa de compartilhamento nuclear", que permite a alguns países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não detentores de armas nucleares próprias, obtê-las, implantá-las e usá-las em caso de necessidade.
Nesta quinta-feira (6), Lukashenko disse que a Polônia já concordou com os Estados Unidos há muito tempo na implantação de arsenais de armas nucleares em seu território e que isso deve ser visto como uma ameaça a Belarus.

"O que significa? Que estamos realmente diante de um ataque com armas nucleares táticas. Precisamos tomar medidas", disse Lukashenko.

O presidente belarusso disse que já havia discutido com o presidente russo, Vladimir Putin, o tema de uma possível implantação de armas nucleares dos EUA na Polônia.
Em meio à polêmica, o Departamento de Estado dos EUA disse nesta quinta que o país não tem planos de implantar armas nucleares em territórios de membros da OTAN que aderiram à aliança após 1997.
Panorama internacional
Pentágono diz que não pode comprovar relatos sobre movimento russo com armas nucleares
No dia 26 de junho, Lukashenko instou Putin a preparar uma "resposta simétrica" ​​à agressão dos países ocidentais.
Em 21 de setembro, o presidente russo acusou o Ocidente de chantagem nuclear e advertiu que a Rússia não duvidará de usar todo o arsenal disponível de meios de destruição — alguns mais avançados que os da OTAN — em caso de ameaça à integridade territorial.
A Rússia assegurou em mais de uma ocasião que não busca se envolver na retórica das armas nucleares do Ocidente.
Comentar