De acordo com o artigo, muitos em Washington consideraram a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) como uma "facada nas costas de Biden". O líder norte-americano terá que ponderar o que fazer com "esta decisão aparentemente traiçoeira".
O próprio Biden fez comentários deliberadamente suaves, falando sobre a "decepção" ante a decisão da organização, mas os membros do Partido Democrata dos EUA estão pressionando Biden a "punir" Riad.
"Em vez de punir a Arábia Saudita, os assessores de Biden parecem querer contrabalançar essa decisão usando mais petróleo da reserva estratégica", escreve o jornal.
Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA tem "poucas opções" para combater a redução da produção e todas elas têm suas desvantagens.
O cancelamento das sanções impostas ao Irã e Venezuela poderia ajudar a aumentar a oferta no mercado em mais de um milhão de barris por dia, mas, no caso de Teerã, o foco está nas negociações nucleares que estão em um impasse. No caso da Venezuela, as perspectivas de um acordo também são "muito vagas".
O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse em entrevista à Fox News que a decisão do país de apoiar os cortes da OPEP+ na produção de petróleo não foi feita para prejudicar os EUA, mas para estabilizar o mercado global em meio à desaceleração da economia mundial.
O ministro acrescentou também que a razão pela qual os EUA têm altos preços da gasolina é por causa do problema da escassez de refinarias.
A OPEP, liderada pela Arábia Saudita, anunciou nesta quarta-feira (5) um corte de produção de 2 milhões de barris por dia.
O governo Biden condenou a decisão da OPEP+ de cortar a produção de petróleo. Além disso, a Casa Branca anunciou uma liberação de dez milhões de barris da reserva estratégica de petróleo dos EUA em resposta à decisão.