As informações foram confirmadas pelo correspondente da Sputnik em Berlim e diversos vídeos que circulam nas redes sociais estimam que havia ao menos 10 mil pessoas na manifestação.
O ato, intitulado "Nosso país em primeiro lugar", foi convocado pelo partido de oposição de direita, o Alternativa para a Alemanha (AfD).
Dezenas de milhares de alemães se reuniram hoje em Berlim contra as sanções anti-russas, os preços da energia, a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e pelo fim do conflito na Ucrânia.
Em discurso durante o ato, o colíder do partido, Tino Chrupalla, acusou o governo alemão de travar uma guerra contra seu próprio povo ao concordar com as sanções contra a Rússia.
Ele também afirmou que "o preço do gás se tornará normal novamente quando comprarmos gás barato da Rússia".
Para ele, importar gás dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, como a Alemanha planeja fazer, é "moralmente suspeito".
Os participantes culparam o governo por preços desenfreados, políticas sociais inadequadas e pediram que as sanções ao fornecimento de petróleo e gás russo fossem suspensas.
Alguns ativistas podiam ser vistos agitando bandeiras alemãs e russas e carregando cartazes que diziam: "Quero gás e petróleo russos" e "Aqueles que permanecerem em silêncio hoje congelarão amanhã". Outros seguravam cartazes em alemão e em russo.
Em setembro, o partido AfD anunciou sua campanha de protesto para expressar insatisfação com o forte aumento dos preços de alimentos e energia na Alemanha e exigir o fim da guerra econômica, o levantamento das sanções anti-russas e o comissionamento do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2).
Os primeiros protestos foram realizados nas cidades alemãs de Leipzig e Magdeburg, entre outras, e reuniram milhares de pessoas.
É assim que parece de cima: Milhares de pessoas na demonstração AfD em Berlim. Queremos a mudança de política.
Os países ocidentais aumentaram a pressão das sanções sobre a Rússia desde o início da operação especial na Ucrânia.
A interrupção nas cadeias de abastecimento levou a preços mais altos de combustíveis e alimentos em toda a União Europeia (UE), levando a inflação a níveis recordes e fazendo com que o custo de vida disparasse.