O documento foi originalmente obtido pelas redes afiliadas do Tagesschau, WDR e NDR.
De acordo com a carta, o presidente da Polícia Federal, Dieter Romann, apresentou na semana passada um pedido de apoio administrativo à Bundeswehr "para ajudar na produção de um relatório situacional sobre os danos aos oleodutos Nord Stream 1 e 2 [Corrente do Norte 1 e 2] no mar Báltico". O pedido foi aprovado depois que o Ministério da Defesa Federal "determinou as capacidades disponíveis da Marinha e as examinou legalmente".
Segundo o serviço de notícias, a Polícia Federal está investigando as explosões com a ajuda de mergulhadores e tecnologia especial. Dois navios da Bundeswehr também foram implantados no mar Báltico.
Tagesschau observou que dois navios da Marinha alemã, o caçador de minas "Dillingen" e o navio multifuncional "Mittelgrund", partiram de suas respectivas bases nas cidades de Kiel e Eckernforde para os oleodutos na sexta-feira (7). As embarcações transportavam mergulhadores da Polícia Federal encarregados de tirar fotos das brechas nas tubulações.
O procurador-geral da Alemanha está considerando iniciar investigações criminais sobre os atos de sabotagem nos oleodutos Nord Stream, informou o Tagesschau, citando o ministro da Justiça, Marco Buschmann.
Os oleodutos Nord Stream, que correm sob o mar Báltico da Rússia à Alemanha, sofreram vazamentos de combustível e rápida queda de pressão no dia 26 de setembro, com a Suécia e a Dinamarca registrando explosões na área. A operadora Nord Stream AG disse mais tarde que os danos ao sistema de dutos não tinham precedentes. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que foi um ataque deliberado à infraestrutura energética europeia, sugerindo que os EUA e a Grã-Bretanha poderiam ser responsáveis pelas explosões. A Procuradoria-Geral da Rússia vem investigando os incidentes como atos de terrorismo internacional.
Ao mesmo tempo, Moscou iniciou uma investigação sobre o ataque terrorista, observando também que a decisão da Dinamarca e da Suécia de não cooperar com a Rússia em sua investigação causou grandes preocupações. A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova enfatizou que a relutância de Copenhague em envolver a Rússia na investigação do ataque terrorista aos oleodutos Nord Stream pode indicar que Copenhague sabe quem é o autor.