Panorama internacional

Autoridades dos EUA realizam 1ª reunião com Talibã desde ataque ao líder da Al-Qaeda

Militantes do Talibã no aeroporto internacional de Cabul, capital do Afeganistão, com armas, equipamentos e uniformes dos EUA
Autoridades de alto escalão dos EUA realizaram a primeira reunião pessoal com o Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista) desde a eliminação de Ayman al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Sputnik
Dois funcionários do governo de Joe Biden, presidente dos EUA, disseram à CNN que a reunião de sábado (8), realizada no Catar, contou com a presença do chefe de inteligência do Talibã, Abdul Haq Wasiq, do vice-diretor da CIA David Cohen, bem como do representante especial do Departamento de Estado dos EUA para o Afeganistão, Tom West.
Segundo a CNN, a presença de Cohen e Wasiq nas negociações "indica uma ênfase na luta contra o contraterrorismo".
Depois que al-Zawahiri foi morto em um ataque de drone dos EUA, autoridades americanas acusaram o Talibã de saber sobre o paradeiro de al-Zawahiri, enquanto o Talibã condenou a operação estrangeira em seu território.
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Em seguida, o governo norte-americano acusou o Talibã de uma "clara e flagrante violação do acordo de Doha", intermediado pelo governo de Donald Trump.
O tratado era uma garantia de que o Talibã não abrigaria terroristas se as forças americanas se retirassem do Afeganistão.
Desde o episódio, os EUA continuaram a se envolver em conversas com o Talibã, inclusive negociando a libertação do cidadão americano Mark Frerichs e tratando de fundos financeiros para recuperar a economia do país.
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Entretanto, altos funcionários dos dois governos não se encontravam pessoalmente desde alguns dias antes de al-Zawahiri ser morto, em 31 de julho.
Vale lembrar que o cineasta americano Ivor Shearer está atualmente detido pelo Talibã depois de ser preso com seu produtor afegão, Faizullah Faizbakhsh, filmando na área onde Zawahiri foi morto.

O Talibã assumiu o poder no Afeganistão em agosto de 2021, provocando o colapso do governo apoiado pelos EUA e acelerando a retirada de tropas de Washington.
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