O afastamento ocorre por 180 dias, segundo determinação da ministra.
Dantas concorre a governador no segundo turno das eleições. Ele é apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Já seu adversário, Rodrigo Cunha (União) é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A suspeita da PF e do MPF é que o governador tenha mantido funcionários fantasmas em seu gabinete parlamentar a fim de desviar dinheiro para pagamento de despesas pessoais e de seus parentes.
Dantas entrou para cobrir a saída do ex-governador Renan Filho (MDB), que deixou o cargo para concorrer a uma vaga no Senado.
São 31 mandados de busca e apreensão que estão sendo cumpridos, segundo informou o site G1. A cifra dos supostos desvios estimada pela PF é de R$ 54 milhões.
Em nota, a PF diz que a chamada operação Edema investiga "prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 no âmbito do Poder Público do Estado de Alagoas".
O governador afastado, por sua vez, ainda não se manifestou sobre a operação.
Dantas recebeu 46,64% dos votos válidos no primeiro turno das eleições, enquanto seu adversário teve 26,74%.
Para as eleições presidenciais, a apuração das urnas de Alagoas deu 57% dos votos válidos a Lula no primeiro turno, enquanto Bolsonaro teve 36%. Foi o resultado mais estreito para Lula na região Nordeste do Brasil, onde ele ganhou em todos os estados.