A violação maciça do espaço aéreo por drones paquistaneses provocou sérias preocupações entre as instituições de segurança indianas, já que as tropas de guarda de fronteira rastrearam 191 drones — ou veículos aéreos não tripulados (UAV, na sigla em inglês) — dentro do território indiano nos primeiros nove meses de 2022.
Um documento do governo indiano sugere que 171 dessas violações foram registradas pela Força de Segurança da Fronteira em Punjab, uma rota famosa pelo fornecimento transfronteiriço de explosivos, narcóticos e armas por militantes.
Ainda de acordo com Nova Déli, 20 drones entraram no espaço aéreo indiano do setor de Jammu, a região que viu o primeiro ataque de drones no país em junho de 2021. Das 191 brechas, as tropas indianas conseguiram derrubar apenas sete drones, indicando grandes deficiências nos mecanismos antidrones atualmente disponíveis pelas forças do país.
As Forças Armadas indianas estão tentando encontrar a solução para lidar com ameaças de drones de forma eficaz.
As autoridades indianas acusam o Paquistão de usar drones fabricados na China para lançar pacotes de armas para ajudar terroristas.
No início deste ano, a Força de Segurança de Fronteiras lançou um processo de aquisição para introduzir armas antidrone ao longo da fronteira com o Paquistão.
O documento acessado pela Sputnik mostra que a força pediu uma arma antidrone facilmente transportável que deveria ser capaz de bloquear o GPS e o sistema de comunicação do UAV.
"O sistema deve ser capaz de neutralizar os objetos voadores como helicópteros, UAVs de asa fixa ou ataques de enxames a uma distância de 1.000 a 2.500 m", dizia o documento.
Em junho do ano passado, o grupo terrorista Lashkar-e-Taiba, com sede no Paquistão, realizou o primeiro ataque de drone na base aérea de Jammu. Os dois drones cruzaram a fronteira internacional, a apenas 14,5 km do aeroporto de Jammu, e retornaram ao Paquistão após o ataque.