Os comentários foram feitos em uma reunião com membros do Conselho de Conveniência do Irã, nesta quarta-feira (12). Ali Khamenei alertou as autoridades do país que não permitam que tais "pequenos incidentes" os distraiam de seus principais deveres.
"A nação iraniana fez grandes movimentos em um curto período de tempo, [...] 180 graus opostos às políticas da arrogância global", disse, referindo-se aos EUA e outras potências ocidentais.
"Neste contexto, ao planejar e gastar dinheiro, eles trouxeram pessoas, incluindo alguns políticos na América, Europa e alguns outros lugares para o campo", acrescentou o líder supremo do Irã.
O aiatolá explicou que as inimizades contra o Irã continuarão de várias formas enquanto o povo iraniano assumir a bandeira do Islã e acompanhar a república islâmica.
"A única solução é permanecer firme", afirmou.
Em outro momento de seu pronunciamento, o aiatolá Ali Khamenei reiterou seu apelo anterior às autoridades para diferenciar pequenos atos de vandalismo de grandes papéis nos distúrbios.
"Algumas dessas pessoas são elementos do inimigo ou estão alinhadas com o inimigo, enquanto outras foram provocadas", analisou.
Protestos eclodiram no país após a morte de Mahsa Amini, jovem presa pela "polícia da moralidade" do Irã por usar o hijab "indevidamente". Ela desmaiou em uma delegacia de polícia e foi declarada morta dias depois em um hospital de Teerã, em 16 de setembro.
Imediatamente após o evento, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ordenou uma investigação completa sobre o caso, o que levou a um relatório oficial dizendo que sua morte fora causada por uma doença, e não por supostos golpes na cabeça ou em outros órgãos vitais.
O que começou como protestos pacíficos tomou um rumo violento depois que manifestantes indisciplinados atacaram fatalmente policiais e praticaram vandalismo contra bens públicos em várias cidades, escreve a agência de notícias Farsnews.