A Ucrânia é agora um membro "de facto" da OTAN, disse na quarta-feira (12) Aleksei Reznikov, ministro da Defesa do país.
"Percorremos um longo caminho e aderimos de facto à Aliança", escreveu ele no Twitter, em agradecimento a Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, por seu "apoio" no conflito com a Rússia.
O ministro está em Bruxelas, Bélgica, onde nesta semana se realiza uma reunião dos responsáveis de defesa da Aliança Atlântica, além de uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, ele afirmou que Kiev "está fazendo contribuições importantes para a segurança do mundo livre".
"Tenho a certeza de que a nossa vitória e nossas reformas bem-sucedidas abrirão novos horizontes para a Ucrânia", acrescentou Reznikov.
Os ministros participantes se comprometeram a abastecer Kiev com sistemas de defesa aérea no âmbito da reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia.
"[...] O mais rápido que pudermos fisicamente levá-los até lá", prometeu Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA.
Em particular, os sistemas de defesa aérea de curto e longo alcance estão sendo considerados para entrega à Ucrânia com o objetivo de "reconstruir e sustentar um sistema integrado de defesa aérea e antimíssil", segundo Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
Apesar de a Ucrânia não ser formalmente um Estado-membro, na terça-feira (11) Stoltenberg declarou que uma vitória da Rússia na sua operação militar especial seria uma derrota da OTAN, levando Moscou a responder na quarta-feira (12) que a aliança militar reconheceu assim sua participação do conflito.