"Muitos hospitais na Alemanha podem ser forçados à falência devido ao aumento dos preços da energia e da inflação, a menos que o governo federal ofereça alguma forma de assistência", disse o ministro da Saúde alemão.
Lauterbach disse que discutirá o valor e a forma de assistência que devem ser fornecidos aos hospitais com o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, na terça-feira (18).
No entanto Berlim não tem planos de criar um fundo especial para hospitais, semelhante ao criado para a Bundeswehr (as Forças Armadas da Alemanha).
"Não podemos criar fundos especiais separados para cada esfera", enfatizou Lauterbach.
Os países ocidentais aumentaram a pressão das sanções sobre a Rússia desde o início da operação militar especial na Ucrânia, em 24 de fevereiro, mas o custo de vida na Europa aumentou progressivamente nos últimos meses.
A inflação na Alemanha segue na casa dos dois dígitos, tendo sido de 10,9% em setembro. Os principais economistas alemães alertaram recentemente que a disparada dos preços do gás pode levar a maior economia da União Europeia (UE) à recessão.
A Rússia costumava cobrir mais de 40% das necessidades de gás da UE antes do início de sua operação militar na Ucrânia e das sanções que se seguiram.
Os suprimentos caíram drasticamente neste ano, exacerbando a crise energética, já que o bloco busca reduzir sua dependência da energia russa e punir Moscou.
A gigante de energia da Alemanha EnBW anunciou na terça-feira (11) que os preços do gás para residências aumentarão novamente, em média 38%, a partir de 1º de dezembro. O anúncio é feito cerca de três meses após o aumento anterior entrar em vigor.