O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse nesta segunda-feira (17) acreditar que um acordo sobre a criação de uma zona de segurança no entorno da usina nuclear de Zaporozhie pode ser alcançado até o final deste ano.
"Acho que é possível. Temos um diálogo muito bom com o presidente Vladimir Putin e o presidente Vladimir Zelensky. O importante é chegar a um acordo para proteger os princípios básicos das usinas nucleares. É possível. São necessários esforços contínuos", disse Grossi.
Localizada perto da cidade de Energodar, na margem esquerda do rio Dnieper, a usina nuclear de Zaporozhie é a maior usina nuclear da Europa em número de unidades e capacidade de produção. Ela está guardada por militares russos desde março. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que a medida foi justificada para evitar o vazamento de materiais nucleares e radioativos.
No início de setembro, uma delegação da AIEA chefiada por Grossi visitou a usina nuclear. Grossi e integrantes da missão foram conduzidos pelas instalações da usina por representantes da companhia estatal russa de energia nuclear Rosatom e por funcionários da usina de Zaporozhie.
Após a visita, a Agência Internacional de Energia Atômica divulgou um relatório confirmando o bombardeio da usina nuclear de Zaporozhie. Desde então, Grossi vem costurando o acordo para a criação da zona de segurança para prevenir um desastre nuclear.