Conforme informou a Folha de S.Paulo, Moraes aponta que a realização de uma auditoria apresentada apenas para o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, pode configurar desvio de finalidade e abuso de poder. A decisão atende a um pedido da Rede Sustentabilidade.
"As notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder", disse o magistrado na decisão.
De acordo com reportagem divulgada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, na última semana, a fiscalização feita pela Defesa não encontrou nenhuma irregularidade no processo eleitoral no primeiro turno.
Os dados não foram apresentados porque, segundo a colunista, Bolsonaro não teria autorizado a publicação após receber os resultados. Segundo a reportagem, o mandatário disse que os militares não se esforçaram na investigação sobre as urnas eletrônicas. O presidente teria pedido um "relatório completo" para realizar a divulgação.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também pediu acesso ao relatório da auditoria.