O alto escalão militar da China prometeu estar em alerta máximo e preparado para a guerra, enquanto o país enfrenta a crescente tensão sobre um possível confronto militar com os Estados Unidos, de acordo com o South China Morning Post (SCMP).
De acordo com a mídia, as declarações foram feitas durante painéis de discussão à margem do congresso do Partido Comunista em andamento em Pequim, onde uma nova liderança está sendo formada.
O ministro da Defesa, general Wei Fenghe, disse nesta quarta-feira (19) que a China está enfrentando "severas e graves condições de segurança nacional" e que é importante que os militares sigam as diretrizes do presidente Xi Jinping sobre "fortalecer os militares e melhorar sua capacidade de vencer".
"Os militares têm que manter um alto grau de vigilância, sempre se preparar para a guerra e defender resolutamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país", afirmou a autoridade.
O chefe do Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central, Li Zuocheng, disse que os militares precisam apoiar o desenvolvimento da nação, o aumento da prontidão para o combate e de seu equipamento, o que nas palavras do líder de Pequim se traduziu em um "forte sistema de dissuasão estratégica" para os próximos cinco anos, o que sugere um aumento do arsenal nuclear de Pequim.
A confrontação entre a China e os EUA tem aumentado após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan no mês de agosto.
Pequim aproveitou a viagem de Pelosi como endosso dos EUA para uma agenda pró-independência do Partido Democrático Progressista, no poder em Taiwan, e realizou exercícios militares maciços em torno da ilha autogovernada.
Xi disse que Pequim vai fazer o possível para reintegrar Taiwan à China continental por meios pacíficos, mas não vai renunciar ao uso da força se necessário, já que a China vê Taiwan como uma província separatista.
A China e os EUA também estão lutando no mar do Sul da China, cuja soberania é contestada por Pequim e seus vizinhos do Sudeste Asiático, e no mar do China Oriental, que também é reivindicado pelo Japão.